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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A FACE DE DEUS

A face de Deus



Depois de uns dias, vou finalmente, partilhar hoje a seguinte mensagem, que li algures...

Havia um menino que queria se encontrar com Deus.

Um dia foi brincar num parque. Encontrou um velhinho sentado num banco. O menino sentou-se junto dele. Ia tomar um gole de refrigerante, quando resolveu oferecer-lhe um pastel. O velhinho, muito agradecido, aceitou e sorriu para o menino. O seu sorriso era tão incrível que o menino quis vê-lo sorrir de novo; então ofereceu ao velhinho o refrigerante. Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. Mais tarde o menino voltou para casa e deu um grande abraço no velhinho. Aí, o velhinho deu-lhe o maior sorriso de todos. Quando o menino entrou em casa a mãe perguntou-lhe:

- O que foi que te deixou tão feliz assim?

- Passei a tarde com Deus. Sabe, Ele tem o mais lindo sorriso que eu vi? Enquanto isso, o velhinho chegou em casa e seu filho perguntou:

- Por onde você esteve que está tão feliz?

- Passei a tarde com Deus. Sabia que Ele é mais jovem do que eu pensava?

Eu achei tão interessante esta história. Faz suspirar e contemplar. É simples. Profunda. Eleva o pensamento e denuncia a limitação de um humanismo puramente horizontal. O leitor já deve ter feito a sua interpretação e criado uma imagem própria a partir destes dados. Que bom!!!

Esta historia diz-me que compensa ver a face de Deus em todo o ser humano. Há reflexos de Deus na natureza. Mas no ser humano vê-se a sua FACE. Em qualquer um. De todo o tempo e lugar. De qualquer cultura, raça, cor ou opção religiosa e política. A revelação dessa imagem de Deus-em-nós é que pode toma formas diversas, conforme a formação filosófica ou religiosa de cada um. Seja qual for, haja tolerância, pois assim o homem cresce na humanidade que tem reflexos do Infinito. Para os crentes, tem os reflexos de um Deus criador. Solidário. Que ama e se entrega, autorevelando-se no Seu filho, Jesus, Homem-Deus.

FALANDO EM JESUS, acredito que depois que ele veio ao mundo, tornando-se a imagem visível do Deus invisível, o caminho para a revelação da presença divina ficou mais fácil. Sim, podemos ver Deus porque Deus veio nos ver primeiro. É isso mesmo que diz o evangelista S. João” Que Deus nos amou primeiro”… quando ainda éramos pecadores. E é isso que eu acho que mudou (pode mudar) a face da religião e do mundo. Aspira-se ao Alto porque o Altíssimo desceu. Incarnou-se.

E se nos educarmos para essa capacidade de transformar os nossos olhos e o nosso coração em lentes potentes para decifrar esse código divino universal em cada um, então os encontros humanos podem ser reveladores. Reveladores de Deus no outro. E do outro em Deus.

O SENHOR JESUS, O CRISTO, não se ‘valeu da sua igualdade com Deus, nas aniquilou-se a Si próprio tornando-se semelhante aos homens…menos no pecado”. Esta mensagem da sagrada escritura traz uma lógica interna forte, independentemente da materialidade ou intensidade do CRER, embora o acto de Crer facilite e fundamente esa este modo de ver. E de viver. E de sorrir.

Essa lógica aponta para o valor do outro enquanto ser digno de amor. E Deus veio dar o exemplo, a acção-decisao de ‘descer’para que o homem, irmão, pudesse ‘subir’. E assim, o ser humano igualar-se ao próximo que ‘nesta lógica, deve descobrir em cada um, mais ou menos jovem, a imagem de um DEUS que amou. Ama. E amará.

E TU, O QUE ACHASTE DA HISTORIA?

P.S: Continuação de um ano de PAZ e muita LUZ no seu coração. Feche os olhos por um instante e sinta-se abraçado por Deus que te sorri. Retribua cada dia muitos sorrisos ao irmão…digo, a Deus. A Deus pelo irmão. Ao irmão para Deus. Que sei eu?!!

PZBorja

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

- Uma sociedade reconciliada com Deus está mais perto da paz (Bento XVI)

DE DEUS NOS VEM A PAZ
''Uma sociedade reconciliada com Deus está mais perto da paz'' (Bento XVI)



Por ocasião do início de um novo ano, o Papa endereçou a todos uma mensagem sobre a liberdade religiosa como caminho para a Paz. Na mensagem ele faz « votos de serenidade e prosperidade, mas sobretudo votos de paz» e recorda que «Infelizmente também o ano que encerra as portas esteve marcado pela perseguição, pela discriminação, por terríveis atos de violência e de intolerância religiosa».

O Pontífice lembrou o Iraque e as «recentes tribulações da comunidade cristã, e de modo especial o vil ataque contra a catedral siro-católica de «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro» em Bagdá» onde foram assassinados dois sacerdotes e mais de cinquenta fiéis que participavam na Missa. Encorajou as comunidades católicas em todo o Médio Oriente a viverem a comunhão e continuarem a oferecer um testemunho de fé.

Os governos que «se esforçam por aliviar os sofrimentos destes irmãos em humanidade» mereceram o seu agradecimento e os católicos foram convidados a orarem pelos seus irmãos na fé que padecem violências e a serem solidários com eles.

Muita gente não sabe, mas na mensagem o Santo Padre lembrou que «Os cristãos são, atualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo (…)».

A escolha do tema da liberdade religiosa é por isso de todo oportuna porque segundo o Papa «não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana; além disso, é uma ameaça à segurança e à paz e impede a realização de um desenvolvimento humano autêntico e integral (cf. BENTO XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 29.55-57).

Para Bento XVI , é na liberdade religiosa que se exprime «a especificidade da pessoa humana, que, por ela, pode orientar a própria vida pessoal e social para Deus, a cuja luz se compreendem plenamente a identidade, o sentido e o fim da pessoa.». Por isso, conclui: «Negar ou limitar arbitrariamente esta liberdade significa cultivar uma visão redutiva da pessoa humana; obscurecer a função pública da religião significa gerar uma sociedade injusta, porque esta seria desproporcionada à verdadeira natureza da pessoa; isto significa tornar impossível a afirmação de uma paz autêntica e duradoura para toda a família humana.

O Sumo Pontífice exorta á « construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente (cf. Mt 22, 37).

No fim da mensagem, uma reflexão de peso: « A paz é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projecto a realizar, nunca totalmente cumprido. A paz é o resultado de um processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada.


FELIZ ANO NOVO, HAPPY NEW YEAR!
MAY THE LORD BLESS YOU AND YOUR FAMILY


A seguir indicamos outros itens abordados pelo Papa Bento XVI na sua longa mensagem, e que merecem uma reflexão descomplexada por parte de todos os segmentos da nossa sociedade, especialmente os nossos activistas sócio-políticos e jovens no ensino superior e professores universitários. Se desejar, procure a mensagem no site www.vatican.va

Direito sagrado à vida e a uma vida espiritual
Liberdade religiosa e respeito recíproco
A família, escola de liberdade e de paz (ver noticia acima)
Um património comum
A dimensão pública da religião
Liberdade religiosa, força de liberdade e de civilização:
os perigos da sua instrumentalização
Uma questão de justiça e de civilização:
o fundamentalismo e a hostilidade contra os crentes prejudicam a laicidade positiva dos Estados
Diálogo entre instituições civis e religiosas
Viver no amor e na verdade
Diálogo como busca em comum
Verdade moral na política e na diplomacia
Para além do ódio e do preconceito
Liberdade religiosa no mundo
Liberdade religiosa, caminho para a paz