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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Rezar ... Entregar-se

Rezar. Orar. Meditar. Falar. Contemplar. Cantar. Silenciar. Estar, simplesmente estar na presença do Senhor. Etc. Quantas vezes e de quantos modos uma pessoa pode fazer a experiência de Deus? Não sei o seu caso, mas cada dia aprendo a ver a vida em si mesma como uma janela para se ver Deus, relacionar-me com Ele. Depois de tentar caminhos complicados, que exigem muita preparação ou regras que eu coloco ou até às vezes imponho ao Senhor, a experiência de DEUS na minha vida mudou ultimamente. Para melhor, eu creio.
Tenho experimentado com surpresa e serena alegria, o acto de rezar como um acto de confiança na acção de Deus que supera a minha disposição psicológica ou os meus sentimentos, as minhas razões e condições. É um acto de amor. Gesto de entrega.
Tendo feito essa caminhada interior, agora, se estou bem disposto, rezo. Se não estou, rezo na mesma. Rezo quando estou tristeza e quando sinto alegria. Se sou amado ou desprezado. Rezo, independentemente de perceber ou não a resposta de Deus. Deus também fala no silêncio. O Espíritp Santo sopra onde Quer. Quando quer. Às vezes demora. Será? O que é certo é que Deus surpreende. Pensas encontrá-lo nesta esquina que você quer, e afinal, Ele já vai longe por outro caminho. Ou está tão perto do que eu penso. Não serão estes ‘desvios’ de Deus a consequência de uma oração em que eu manda em Deus, em vez de deixá-lo ser o Senhor como Ele realmente é?
Convencido estou de que a constância da oração-entrega tem dado um fruto excelente: a certeza da presença de um Deus que cuida e salva, além das minhas percepções e avaliações. Sobretudo, além do que eu mereço.
Não tem sido fácil. É um êxodo atribulado para um Apocalispe (uma revelação necessária)

Continuo tentando. Não importa se hoje eu falho. Tento de novo. Como tudo na vida, é preciso fazer caminho. E vou educando o meu coração, a minha mente e inteligência na certeza de que Deus me ouve porque me ama. Ouve quando corrige, avisa, ‘castiga’. Rezo pela certeza de que Ele me ama não porque sou bom (Só Deus é), mas para eu ser bom’, santo como Ele é. Agora acredito que Deus é Pai Providente, que Ele me vê e conhece as minhas necessidades e fraquezas. Por isso me abandono a Ele. Muito mais do que eu mesmo me conheço, Deus me conhece e cuida de mim. Venha tudo: doença, incompreensão, tristeza, desanimo, inimigos, sombras…, é na oração que vou tendo a certeza dessa infinita presença materna do Pai Eterno. Faz sentido? Qual é a sua experiência? (PZé Borja)

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